Com 80% dos hotéis fechados nos meses de Abril e Maio, e com muitas unidades a equacionarem abrir só em Junho ou a partir daí, o impacto da pandemia do novo coronavírus na hotelaria nacional portuguesa não podia ser pior: estimam-se perdas que podem chegar aos 1,44 bilhão de euros e 13,1 milhões de dormidas perdidas entre 1 de Março e 30 de Junho, segundo dados apresentados nesta quarta-feira (08) pela AHP (Associação Hoteleira de Portugal).
“Num mês tudo mudou”, comentou Cristina Siza Vieira, CEO da AHP, ao apresentar, em conferência de imprensa online, os resultados da atualização do inquérito AHP “Efeito Covid-19 na Hotelaria”, cuja primeira versão tinha sido apresentada em 12 de Março. E, de fato, “num mês tudo mudou”, com as perspectivas dos hoteleiros a serem hoje muito mais negativas, refletindo um pessimismo muito grande.
Como em Março, a AHP traçou dois cenários sobre os efeitos do Covid-19 nas empresas hoteleiras - onde num cenário mais positivo mas que é, mesmo assim, muito negativo, entre 1º de Março a 1º de Junho, a hotelaria perderá 80% das dormidas, o que significa 11,8 milhões de dormidas a menos neste período. Num cenário mais «negro» a perda de dormidas atingirá os 90% ou 13,1 milhões de Room Nights.
No que toca às receitas, foram também traçados dois cenários: no mais otimista, a quebra de receitas atinge os 80%, com os hotéis perdendo um total de 1,28 bilhão de euros de 1º de Março a 30 de Junho. No segundo cenário, que é mais pessimista mas, segundo Cristina Siza Vieira, é também o “mais provável”, a hotelaria terá perdas de receitas na ordem dos 90% neste segundo trimestre do ano, o que significa 1,44 bilhão de euros de receitas perdidas.
Recorde-se que na conferência de imprensa que a Associação realizou em 12 de Março, as estimativas, embora negativas, era, bem diferentes das de hoje, apontando para um impacto negativo da pandemia na hotelaria portuguesa na ordem dos 800 milhões de euros e 7,3 milhões de dormidas perdidas entre 1º de Março e 30 de Junho. Menos de um mês depois, as respostas dos empresários da hotelaria associados da AHP ao inquérito realizado entre 1º e 7 de Abril, são bem diferentes.
No momento, segundo a AHP, 80% dos hotéis estão encerrados, e assim continuarão até ao final de Maio, com 3,9% das respostas indo no sentido de o encerramento se manter mesmo até ao final de Junho. Os restantes, que estão ainda operando efetuaram reduções na capacidade e serviços que vão até aos 80%.
Face a estes números, não admira que os hoteleiros estejam hoje muito mais pessimistas, nomeadamente no que concerne à retoma do turismo. “Há muito pessimismo relativamente à retoma até ao final do primeiro semestre, basicamente, não se confia que haja uma normalização até final de Junho”, sublinhou Cristina Siza Vieira.
A afirmação é baseada nos números já que os resultados do inquérito mostram que 71% dos respondentes tem uma previsão de queda de receitas entre os 70% e os 100% para o total do primeiro semestre do ano, com 31% (a maior fatia) apontando para uma perda entre os 80% e os 81%.
Em termos da taxa de ocupação, 65% dos inquiridos estimam uma quebra de entre 70% a 100%, sendo que 34% apontam para uma redução que varia entre os 80% a 89%. Já no que toca à taxa de ocupação, cerca de 65% das respostas vão no sentido de quebras entre os 70% e os 100% no primeiro semestre do ano, com a maior fatia, cerca de 31% a prever quebras entre os 80% e os 89%.
“Março foi o mês em que tudo mudou, e em que 60% dos inquiridos tem muito pouca confiança da retoma ate ao final do primeiro semestre”, acima de tudo no que toca às receitas, sublinhou Cristina Siza Vieira, afirmando a propósito que “estamos nos mínimos olímpicos da hotelaria”.
Fonte: Turisver
Cristina Siza Vieira, CEO da AHP. |
Como em Março, a AHP traçou dois cenários sobre os efeitos do Covid-19 nas empresas hoteleiras - onde num cenário mais positivo mas que é, mesmo assim, muito negativo, entre 1º de Março a 1º de Junho, a hotelaria perderá 80% das dormidas, o que significa 11,8 milhões de dormidas a menos neste período. Num cenário mais «negro» a perda de dormidas atingirá os 90% ou 13,1 milhões de Room Nights.
No que toca às receitas, foram também traçados dois cenários: no mais otimista, a quebra de receitas atinge os 80%, com os hotéis perdendo um total de 1,28 bilhão de euros de 1º de Março a 30 de Junho. No segundo cenário, que é mais pessimista mas, segundo Cristina Siza Vieira, é também o “mais provável”, a hotelaria terá perdas de receitas na ordem dos 90% neste segundo trimestre do ano, o que significa 1,44 bilhão de euros de receitas perdidas.
Recorde-se que na conferência de imprensa que a Associação realizou em 12 de Março, as estimativas, embora negativas, era, bem diferentes das de hoje, apontando para um impacto negativo da pandemia na hotelaria portuguesa na ordem dos 800 milhões de euros e 7,3 milhões de dormidas perdidas entre 1º de Março e 30 de Junho. Menos de um mês depois, as respostas dos empresários da hotelaria associados da AHP ao inquérito realizado entre 1º e 7 de Abril, são bem diferentes.
No momento, segundo a AHP, 80% dos hotéis estão encerrados, e assim continuarão até ao final de Maio, com 3,9% das respostas indo no sentido de o encerramento se manter mesmo até ao final de Junho. Os restantes, que estão ainda operando efetuaram reduções na capacidade e serviços que vão até aos 80%.
Face a estes números, não admira que os hoteleiros estejam hoje muito mais pessimistas, nomeadamente no que concerne à retoma do turismo. “Há muito pessimismo relativamente à retoma até ao final do primeiro semestre, basicamente, não se confia que haja uma normalização até final de Junho”, sublinhou Cristina Siza Vieira.
A afirmação é baseada nos números já que os resultados do inquérito mostram que 71% dos respondentes tem uma previsão de queda de receitas entre os 70% e os 100% para o total do primeiro semestre do ano, com 31% (a maior fatia) apontando para uma perda entre os 80% e os 81%.
Em termos da taxa de ocupação, 65% dos inquiridos estimam uma quebra de entre 70% a 100%, sendo que 34% apontam para uma redução que varia entre os 80% a 89%. Já no que toca à taxa de ocupação, cerca de 65% das respostas vão no sentido de quebras entre os 70% e os 100% no primeiro semestre do ano, com a maior fatia, cerca de 31% a prever quebras entre os 80% e os 89%.
“Março foi o mês em que tudo mudou, e em que 60% dos inquiridos tem muito pouca confiança da retoma ate ao final do primeiro semestre”, acima de tudo no que toca às receitas, sublinhou Cristina Siza Vieira, afirmando a propósito que “estamos nos mínimos olímpicos da hotelaria”.
Fonte: Turisver