A Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA - International Air Transport Association) anunciou que a demanda de passageiros (medida em passageiros-quilômetros pagos transportados, ou RPK´s) caiu 91,3%, em maio de 2020, em relação a maio de 2019, resultado um pouco melhor que a queda anual de 94% registrada, em abril de 2020. Essa melhoria se deve à retomada de alguns mercados domésticos, principalmente na China.
"Maio não foi tão terrível quanto abril. É a melhor coisa que podemos dizer nesse momento. Conforme previsto, as primeiras melhorias na demanda de passageiros estão ocorrendo nos mercados domésticos. O tráfego internacional continuou praticamente parado, em maio. Estamos apenas no início de uma recuperação longa, e difícil. E existe uma grande incerteza quanto a uma nova onda de casos da COVID-19 poderia ter em mercados importantes", disse Alexandre de Juniac, diretor geral e CEO da IATA.
Mercado Internacional De Transporte Aéreo De Passageiros
A demanda internacional de passageiros caiu 98,3%, em maio de 2020, em relação ao mesmo período de 2019, praticamente sem mudança se comparada à queda de 98,4% registrada, em abril. A oferta de assentos despencou 95,3%, e a taxa de ocupação caiu 51,9 pontos percentuais, atingindo 28,6%. Isso quer dizer que, em média, um pouco mais de um quarto dos assentos foram ocupados.
As companhias aéreas da Europa apresentaram queda de 98,7% na demanda de maio em relação a maio de 2019, praticamente sem alteração se comprada à queda de 98,9% registrada, em abril, a pior entre todas as regiões. A oferta de assentos caiu 97,5%, e a taxa de ocupação caiu 41,7 pontos percentuais, atingindo 42,4%.
As companhias aéreas da região Ásia-Pacífico apresentaram queda de 98,0% no tráfego de maio, em relação ao mesmo período do ano passado, também próxima à queda de 98,2% registrada, em abril. A oferta de assentos caiu 95,1%, e a taxa de ocupação caiu 46,6 pontos percentuais, atingindo 32,1%.
As companhias aéreas do Oriente Médio apresentaram queda de 98,0% no tráfego de maio, pouco acima da queda de 97,3% na demanda de abril. A oferta de assentos caiu 93,9%, e a taxa de ocupação teve queda de 49,1 pontos percentuais, atingindo 23,9%, em relação ao mesmo período do ano passado.
As companhias aéreas da América do Norte apresentaram queda de 98,2% no tráfego, em maio, uma pequena melhoria em relação à queda de 98,4%, em abril. A oferta de assentos caiu 94,5%, e a taxa de ocupação caiu 56,7 pontos percentuais, atingindo 27,2%.
As companhias aéreas da América Latina apresentaram queda de 98,1% na demanda de maio, em relação a maio de 2019, contra uma queda de 98,2% registrada, em abril. A oferta de assentos caiu 96,6%, e a taxa de ocupação caiu 38,1 pontos percentuais, atingindo 45,9%, a melhor entre as regiões.
As companhias aéreas da África apresentaram queda de 98,2%, em maio, índice pouco melhor em relação à queda de 98,7% registrada, em abril. A oferta de assentos caiu 77,8%, a menor queda entre as regiões, e a taxa de ocupação caiu 61,8 pontos percentuais, atingindo 5,3% de assentos ocupados, a taxa mais baixa entre as regiões.
Mercados Domésticos De Transporte Aéreo De Passageiros
O tráfego doméstico caiu 79,2%, em maio. Contudo, esse resultado foi melhor que a queda de 86,2% registrada, em abril. A oferta de assentos do tráfego doméstico caiu 69,2%, e a taxa de ocupação caiu 27,2 pontos percentuais, atingindo 56,9%.
As companhias aéreas da China registraram declínio de 49,9% no tráfego de maio, em relação ao mesmo período do ano passado, uma melhoria significativa em relação à queda de 64,6% na demanda de abril. Porém, essa recuperação foi recentemente interrompida por cancelamentos de vôos de e para Pequim, em razão ao aumento no número de novos casos de infecção na cidade.
As companhias aéreas dos Estados Unidos apresentaram queda de 89,5% no tráfego doméstico de maio, uma melhoria em relação ao declínio de 95,6% relatado, em abril. Contudo, o recente aumento das taxas de infecção nos principais estados dos Estados Unidos após o relaxamento das restrições de bloqueio pode afetar negativamente a recuperação.
Resumindo
"Parece que estamos nos estágios iniciais da recuperação das viagens aéreas. Mas a situação é delicada. Precisamos que os governos apoiem e fortaleçam a retomada, implementando rapidamente as diretrizes globais de restauração da conectividade aérea contidas no documento: Takeoff : Guidance for Air Travel through the COVID-19 Public Health Crisis (Orientações para viagens aéreas em meio à crise da COVID-19), lançado pela Organização da Aviação Civil Internacional (OACI)."
"Os governos também precisam evitar adicionar obstáculos para a recuperação, como a adoção de quarentena no local de chegada. Essa medida tem o mesmo impacto que as proibições de viagens e mantém as economias fechadas para os benefícios da conectividade da aviação. Os governos também devem evitar novas taxas e encargos para cobrir o custo das medidas de saúde relacionadas à COVID-19 (como testes e rastreamento de contatos), que tornarão as viagens menos acessíveis. As viagens e o turismo representam 10,3% do PIB global, e mantêm 300 milhões de empregos. É do interesse de todos, incluindo dos governos, eliminar as barreiras às viagens tão logo seja seguro fazê-lo. Enquanto isso, é fundamental que os governos não compliquem a frágil recuperação com a introdução de novas barreiras regulatórias ou aumento do custo da viagem", disse de Juniac.
Imagem: Google Imagens
Alexandre de Juniac, Diretor-Geral & CEO da IATA. |
"Maio não foi tão terrível quanto abril. É a melhor coisa que podemos dizer nesse momento. Conforme previsto, as primeiras melhorias na demanda de passageiros estão ocorrendo nos mercados domésticos. O tráfego internacional continuou praticamente parado, em maio. Estamos apenas no início de uma recuperação longa, e difícil. E existe uma grande incerteza quanto a uma nova onda de casos da COVID-19 poderia ter em mercados importantes", disse Alexandre de Juniac, diretor geral e CEO da IATA.
Mercado Internacional De Transporte Aéreo De Passageiros
A demanda internacional de passageiros caiu 98,3%, em maio de 2020, em relação ao mesmo período de 2019, praticamente sem mudança se comparada à queda de 98,4% registrada, em abril. A oferta de assentos despencou 95,3%, e a taxa de ocupação caiu 51,9 pontos percentuais, atingindo 28,6%. Isso quer dizer que, em média, um pouco mais de um quarto dos assentos foram ocupados.
As companhias aéreas da Europa apresentaram queda de 98,7% na demanda de maio em relação a maio de 2019, praticamente sem alteração se comprada à queda de 98,9% registrada, em abril, a pior entre todas as regiões. A oferta de assentos caiu 97,5%, e a taxa de ocupação caiu 41,7 pontos percentuais, atingindo 42,4%.
As companhias aéreas da região Ásia-Pacífico apresentaram queda de 98,0% no tráfego de maio, em relação ao mesmo período do ano passado, também próxima à queda de 98,2% registrada, em abril. A oferta de assentos caiu 95,1%, e a taxa de ocupação caiu 46,6 pontos percentuais, atingindo 32,1%.
As companhias aéreas do Oriente Médio apresentaram queda de 98,0% no tráfego de maio, pouco acima da queda de 97,3% na demanda de abril. A oferta de assentos caiu 93,9%, e a taxa de ocupação teve queda de 49,1 pontos percentuais, atingindo 23,9%, em relação ao mesmo período do ano passado.
As companhias aéreas da América do Norte apresentaram queda de 98,2% no tráfego, em maio, uma pequena melhoria em relação à queda de 98,4%, em abril. A oferta de assentos caiu 94,5%, e a taxa de ocupação caiu 56,7 pontos percentuais, atingindo 27,2%.
As companhias aéreas da América Latina apresentaram queda de 98,1% na demanda de maio, em relação a maio de 2019, contra uma queda de 98,2% registrada, em abril. A oferta de assentos caiu 96,6%, e a taxa de ocupação caiu 38,1 pontos percentuais, atingindo 45,9%, a melhor entre as regiões.
As companhias aéreas da África apresentaram queda de 98,2%, em maio, índice pouco melhor em relação à queda de 98,7% registrada, em abril. A oferta de assentos caiu 77,8%, a menor queda entre as regiões, e a taxa de ocupação caiu 61,8 pontos percentuais, atingindo 5,3% de assentos ocupados, a taxa mais baixa entre as regiões.
Mercados Domésticos De Transporte Aéreo De Passageiros
O tráfego doméstico caiu 79,2%, em maio. Contudo, esse resultado foi melhor que a queda de 86,2% registrada, em abril. A oferta de assentos do tráfego doméstico caiu 69,2%, e a taxa de ocupação caiu 27,2 pontos percentuais, atingindo 56,9%.
As companhias aéreas da China registraram declínio de 49,9% no tráfego de maio, em relação ao mesmo período do ano passado, uma melhoria significativa em relação à queda de 64,6% na demanda de abril. Porém, essa recuperação foi recentemente interrompida por cancelamentos de vôos de e para Pequim, em razão ao aumento no número de novos casos de infecção na cidade.
As companhias aéreas dos Estados Unidos apresentaram queda de 89,5% no tráfego doméstico de maio, uma melhoria em relação ao declínio de 95,6% relatado, em abril. Contudo, o recente aumento das taxas de infecção nos principais estados dos Estados Unidos após o relaxamento das restrições de bloqueio pode afetar negativamente a recuperação.
Resumindo
"Parece que estamos nos estágios iniciais da recuperação das viagens aéreas. Mas a situação é delicada. Precisamos que os governos apoiem e fortaleçam a retomada, implementando rapidamente as diretrizes globais de restauração da conectividade aérea contidas no documento: Takeoff : Guidance for Air Travel through the COVID-19 Public Health Crisis (Orientações para viagens aéreas em meio à crise da COVID-19), lançado pela Organização da Aviação Civil Internacional (OACI)."
"Os governos também precisam evitar adicionar obstáculos para a recuperação, como a adoção de quarentena no local de chegada. Essa medida tem o mesmo impacto que as proibições de viagens e mantém as economias fechadas para os benefícios da conectividade da aviação. Os governos também devem evitar novas taxas e encargos para cobrir o custo das medidas de saúde relacionadas à COVID-19 (como testes e rastreamento de contatos), que tornarão as viagens menos acessíveis. As viagens e o turismo representam 10,3% do PIB global, e mantêm 300 milhões de empregos. É do interesse de todos, incluindo dos governos, eliminar as barreiras às viagens tão logo seja seguro fazê-lo. Enquanto isso, é fundamental que os governos não compliquem a frágil recuperação com a introdução de novas barreiras regulatórias ou aumento do custo da viagem", disse de Juniac.
Imagem: Google Imagens