Em tempos de pandemia, a França ascendeu à liderança dos emissores para Portugal, com os gastos dos seus residentes a atingirem 33,1% do total de receitas turísticas portuguesas no mês de Agosto e 21% no conjunto dos primeiros oito meses do ano.
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Dados do Banco de Portugal recolhidos pelo PressTUR mostraram que, em Agosto, os turistas residentes da França despenderam em Portugal 482,33 milhões de euros, -37% ou menos 283,81 milhões que no mês homólogo de 2019, quando a quebra média de gastos de turistas estrangeiros foi de 51,8%, atingindo o valor de 1.5 bilhão de euros.
E outra novidade provocada seguramente pelo impacto da pandemia de covid-19 no turismo é que a Espanha ascendeu a segundo maior emissor, com 236,67 milhões de euros, ultrapassando os gastos dos residentes no Reino Unido, penalizados pela política e ‘corredores aéreos’ do seu governo, cujos gastos ficaram em 189,95 milhões, que significam uma quebra face a Agosto de 2019 em 58,1% ou 263,01 milhões.
Assim, neste Agosto os turistas residentes da França foram a origem de 33,1% das receitas turísticas portuguesas, que compara com 25-4%, em Agosto, de 2019, os residentes da Espanha geraram 16,3%, quando há um ano tinham proporcionado 13,4%, e os britânicos geraram 13% quando há um ano tinham representado 15%.
A Alemanha foi o 4º maior emissor, com 150,95 milhões de euros de gastos em Portugal pelos seus residentes, e seguiram-se Suíça, com 62,22 milhões, Luxemburgo, com 53,54 milhões, Países Baixos, com 43,18 milhões, Bélgica, com 34,15 milhões, Itália, com 29,80 milhões, Irlanda, com 27,97 milhões, Estados Unidos, com 26,78 milhões, Brasil, com 14,88 milhões, e Angola, com 13,71 milhões.
Os dados revelaram que os emissores que tiveram menores quebras relativas de gastos em Portugal dos seus residentes no mês de Agosto foram o Luxemburgo, com -15,2%, Suíça, com -33,1%, França, com -37%, Espanha, com -41,6%, Bélgica, com -41,9% e Alemanha, com -43,5%.
As quebras mais fortes, como era previsível, foram dos emissores de longo curso, designadamente Estados Unidos, com -80,8%, e Brasil, com -78,5%, a que se juntaram Irlanda, com -73,7%, Itália, com -69,6%, e Angola, com -64,6%.
Em valor, a maior quebra até foi nos gastos de turistas residentes em França, que baixaram 283,81 milhões de euros, seguidos por residentes no Reino Unido, com menos 263,01 milhões, da Espanha, com menos 168,47 milhões, Alemanha, com menos 116,19 milhões, e Estados Unidos, com menos 112,50 milhões.
Seguiram-se as quebras de gastos de residentes na Irlanda, com menos 78,31 milhões que Agosto de 2019, Itália, com menos 68,33 milhões, Países Baixos, com menos 61,26 milhões, Brasil, com menos 54,25 milhões, Suíça, com menos 30,77 milhões, Angola, com menos 24,75 milhões, Bélgica, com menos 24,67 milhões, e Luxemburgo, com menos 9,57 milhões.