A companhia aérea italiana Alitalia, há anos a ‘driblar’ o encerramento da atividade, anunciou que isso irá acontecer a 15 de outubro, se bem que já saiba que tem uma sucessora, a ITA, para Italia Trasporto Aereo.
A Alitalia esteve ‘vendida’ ou em vias disso aos grandes grupos de aviação europeus, designadamente Air France KLM e Alitalia, teve sucessivas injeções de capital a que a comissária europeia da Concorrência teve que ‘fechar os olhos’, mas sem nunca conseguir sair do ‘coma’.
Mas, como habitualmente, Itália já tem ‘solução’ para continuar a ter uma companhia aérea, que segundo a imprensa internacional é a ITA, que para já só aguarda que a Alitalia retire os seus voos dos sistemas de reservas e gestão de tráfego, pois já tem licença para voar por parte da autoridade da aviação civil italiana, a ENAC.
A companhia aérea é atualmente detida em 51% pela holding Compagnia Aerea Italiana e em 49% pela Etihad Airways, que foi o último grande nome da aviação mundial de que o governo italiano se socorreu para tentar manter viva a Alitalia.
A solução é uma nova nacionalização, para a qual já está aprovado um financiamento de 3 bilhões de euros, em cima dos sucessivos financiamentos estatais que está recebendo desde 2017, nomeadamente um empréstimo intercalar de 1,7 bilhão de euros, cuja conformidade as instituições europeias ‘continuam a avaliar’, e dos capitais aportados por investidores estrangeiros
As notícias referem que a ITA começará com uma frota de 52 aviões e prevê aumentar para 78 no próximo ano e para 105 até final de 2025.
A ITA mantém nos aeroportos de Roma Fiumicino e de Milão Linate os seus principais hubs, onde planeja ter voos para 45 destinos e subir para 74 até 2025, incluindo voos intercontinentais para Nova Iorque, Boston, Miami, Washington e Los Angeles, no EUA, Tóquio, no Japão, e ainda São Paulo, Brasil, e Buenos Aires, Argentina.