A Espanha recebeu 24,8 milhões de turistas não residentes nos primeiros dez meses deste ano, ficando abaixo do período homólogo pré-pandemia de 2019 em 66,7% ou 49,7 milhões. Dados publicados hoje pelo INE espanhol mostram que, no entanto, mês a mês tem havido uma atenuação da quebra em relação a 2019, que ficou em 32,4% ou 2,4 milhões no mês de outubro, em que recebeu 5,1 milhões.
Para essa evolução em outubro contribuíram principalmente as chegadas de turistas residentes na Bélgica e nos Países Baixos, que ultrapassaram o número de chegadas em outubro de 2019, com aumentos respectivamente em 13,2% ou 24,2 mil, para 207,6 mil, e em 7,9% ou 26,6 mil, para 364,4 mil. As chegadas de Portugal também contribuíram para a atenuação da quebra, já ficaram apenas 16,8% abaixo de outubro de 2019, com menos 29,4 mil, para 145,3 mil. Menor ainda foi a quebra das chegadas da Suíça, com decréscimo em 10,2% ou 21,5 mil, para 188,5 mil, e França, de onde a queda foi em 16% ou 142,5 mil, para 750,4 mil.
O Reino Unido retornou à liderança dos emissores internacionais para Espanha, apesar de uma queda mais forte que o decréscimo médio, em 42% ou 690,2 mil, para 953,3 mil, à frente da Alemanha, que foi o primeiro emissor em setembro, com 927,9 mil em outubro, -17,6% ou menos 198,5 mil que no mês homólogo de 2019.
Os dados do INE espanhol indicam que, tal como em Portugal, os mercados de longa distância foram os que apresentaram maiores quebras com decréscimos de 57,4% ou 174,8 mil nas chegadas dos Estados Unidos, para 129,9 mil, de 56,8% ou 225,4 mil dos restantes emissores do continente americano, para 171,3 mil, e de 72,3% ou 384,7 mil para o conjunto dos emissores do “resto do mundo”, para 147,5 mil.
Os dados acumulados dos primeiros dez meses deste ano e de 2019 indicam que a quebra de 49,7 milhões de chegadas deve-se, em primeiro lugar, à quebra de 13 milhões de residentes no Reino Unido (-79,9%, para 3,28 milhões).
Seguem-se as quebras de chegadas da Alemanha, em 5,78 milhões (-57,3%, para 4,31 milhões), França, em 5,22 milhões (-52,2%, para 4,79 milhões), do conjunto “resto do mundo”, em 4,05 milhões (-83,5%, para 800,6 mil, e Países Nórdicos, em 3,42 milhões (-72,3%, para 1,31 milhões).