O grupo Lufthansa declarou ontem que considera estar “mais eficiente e mais sustentável do que antes da pandemia”, pelas medidas de reestruturação que adotou e que custaram mais de 30 mil postos de trabalho, mas ainda assim só perspectiva ter este ano “mais de 70% da capacidade que teve pré-pandemia de covid-19.
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A informação foi avançada em comunicado sobre o seu balanço de 2021 em que transportou 46,9 milhões de passageiros, +29,1% que no ano anterior, mas ainda 67,7% abaixo de 2019, último ano pré-pandemia, e em teve 16,8 bilhões de euros de proveitos, +24% que em 2020, mas menos de metade dos 36,4 bilhões de 2019.
Embora o grupo realce os desenvolvimentos positivos mais recentes, nomeadamente as vendas para a Páscoa e para o Verão, fruto de “uma procura especialmente forte para destinos nos EUA e no Mediterrâneo”, o grupo reconhece que ainda não superou totalmente o impacto da pandemia e que, além disso, espera que toda a aviação seja confrontada este ano com custos em alta, designadamente pelo agravamento do preço do petróleo.
O grupo diz que, assim, e dadas as grandes incertezas com os desenvolvimentos dramáticos na Ucrânia e suas consequências econômicas e geopolíticas, bem como as incertezas que ainda persistem quanto à evolução da pandemia, se abstém de divulgar neste momento previsões financeiras detalhadas.
A Lufthansa acrescenta que, no entanto, espera uma melhoria de resultados este ano, com uma “significativa melhoria dos resultados operacionais nos próximos trimestres”.
O administrador do grupo com o pelouro financeiro, Remco Steenbergen, citado na informação divulgada pelo grupo, garante que o Grupo Lufthansa quer “voltar a resultados positivos tão rapidamente quanto possível” e que já lançou os alicerces para isso.
Remco Steenbergen diz também que a forte recuperação da procura nas últimas semanas justifica otimismo, mas que não é possível prever como as incertezas geopolíticas influenciarão a procura.