A Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA - International Air Transport Association - IATA) marcou presença, ontem, no 2º Congresso da Rede Brasileira de Bioquerosene e Hidrocarbonetos Renováveis para Aviação - evento promovido pela RBQAV, entidade que tem como objetivo o apoio a Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação no setor por meio das parcerias entre instituições de pesquisa, empresas privadas e instituições governamentais.
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O Congresso tem por objetivo promover a interação dos diversos autores envolvidos na produção e utilização de combustíveis alternativos, principalmente o bioquerosene para aviação, contribuindo para um maior desenvolvimento deste setor e sua divulgação.
Durante o painel “Compromissos do setor aéreo com a descarbonização: papel estratégico do SAF”, Marcelo Pedroso, Diretor de Relações Externas, IATA, Brasil, apresentou a estratégia de descarbonização do setor até 2050, definida pelas companhias aéreas durante a última edição Convenção Anual da entidade. Na ocasião, a indústria da aviação internacional firmou um acordo para neutralizar as emissões a partir de 2022, meta que será possível de ser alcançada com a substituição total ou parcial dos combustíveis de origem fóssil por renovável, além de contar também com medidas voltadas a intensificar a eficiência operacional e tecnológica e uso de créditos de carbono.
A IATA projeta um número de 10 bilhões de passageiros em todo o planeta em 2050 e uma demanda de mais de 450 bilhões de litros de SAF. O painel contou ainda com a participação de Jurema Monteiro, Diretora de Relações Institucionais da Associação Brasileira de Empresas Aéreas (ABEAR).
“O evento reuniu vários atores envolvidos na busca por uma solução em nível nacional para viabilizar a produção de SAF necessária a auxiliar o Brasil em seu processo de descarbonização do setor. Essa medida é fundamental para contribuir com a preservação ambiental do mundo, cumprir compromissos do país no Acordo de Paris, de redução do aquecimento global e, ao mesmo tempo, permitir que as gerações futuras possam usufruir de todos os benefícios econômicos e sociais que a aviação pode proporcionar” afirma Marcelo Pedroso.
Ainda de acordo com Marcelo, foi possível discutir com profundidade o tema com autoridades governamentais, empresários, produtores de combustíveis, representantes da academia e demais interlocutores relevantes. “Para conseguimos fortalecer nossa promoção de um ambiente que possibilite a produção de bioquerosene e outros combustíveis alternativos, é necessário fomentar políticas públicas e pesquisas, além de formar recursos humanos nas competências técnicas necessárias”, conclui.
Durante os três dias em que foi realizado, o 2º Congresso da Rede Brasileira de Bioquerosene e Hidrocarbonetos Sustentáveis para Aviação contou apresentações de trabalhos técnico-científicos, palestras de renomados especialistas nacionais e internacionais, bem como painéis onde foram debatidos temas de interesse do setor de produção de energias renováveis para aviação.