Através de sua subsidiária Aena Desarrollo Internacional em leilão público, a Aena conquistou a concessão de 11 aeroportos no Brasil, localizados em quatro estados (São Paulo, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e Pará) por um período de 30 anos, com possibilidade de mais cinco anos.
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O maior aeroporto, o Aeroporto de Congonhas, é o segundo mais movimentado em termos de
tráfego de passageiros no Brasil. Localiza-se no Estado de São Paulo, que cobre uma área de 248.219 km², ou cerca de metade do tamanho da Espanha, e sua população é de 46,3 milhões de habitantes, semelhante à da Espanha ou da Argentina, duas vezes a do Chile e quatro vezes a de Portugal. Esses números da população oferecem uma enorme área de absorção. Além disso, São Paulo é o maior centro da América Latina e Brasil, a maior economia da região e o nono do mundo.
Em relação a esta operação, que é a mais significativa que a Aena tem realizado no campo internacional até agora, o Presidente e CEO, Aena, Maurici Lucena, reiterou que “a prioridade da empresa
é sempre criar valor para seus acionistas públicos e privados e colaboradores” e que “apesar dos tempos difíceis que vivemos devido COVID-19, estamos convencidos de que a internacionalização da Aena é uma garantia para o futuro da empresa”. Ele enfatizou que o tráfego doméstico no Brasil se recuperou totalmente desde a pandemia e, por isso, conclui: “O potencial é indiscutível”.
Em 2019, o conjunto dos 11 aeroportos registou um total de 26,8 milhões de passageiros,
que representa 12% do tráfego aéreo do país naquele ano fiscal. O Aeroporto de Congonhas, São Paulo, é o mais movimentado, com 22,8 milhões de passageiros.
Os aeroportos concessionados são os seguintes:
- Aeroporto de Congonhas – São Paulo/SP – 22,8 milhões de passageiros
- Aeroporto de Campo Grande – Campo Grande/MS – 1,5 milhão de passageiros
- Ten. Cel. Aeroporto Aviador César Bombonato – Uberlândia/MG – 1,15 milhão
passageiros
- Aeroporto Maestro Wilson Fonseca – Santarém/PA – 480.000 passageiros
- Aeroporto João Corrêa da Rocha – Marabá/PA – 270.000 passageiros
- Aeroporto Mário Ribeiro – Montes Claros/MG – 230.000 passageiros
- Aeroporto de Carajás – Parauapebas/PA – 140.000 passageiros
- Aeroporto de Altamira – Altamira/PA – 100.000 passageiros
- Aeroporto Mario de Almeida Franco – Uberaba/MG – 80.000 passageiros
- Aeroporto de Corumbá – Corumbá/MS – 30.000 passageiros
- Aeroporto Internacional de Ponta Porã – Ponta Porã/MS – (não há relatos de viajantes em
2019)
Principais Números Da Operação
O preço da concessão, ou seja, o resultado do leilão público, foi R$ 2,450 bilhões – cerca de € 468 milhões. Com a soma dos compromissos indicado no caderno de encargos, o valor total da operação
totaliza aproximadamente R$ 4,089 bilhões, o que equivale a cerca de € 780 milhões. A gestão destes 11 aeroportos implica a obrigação de pagar uma taxa variável contraprestação com um período de carência de quatro anos, consistindo em um percentual de receita bruta, que passará de 3,23% para 16,15% ao ano.
De acordo com o planejamento e estudos realizados sobre os investimentos necessários, os investimentos devem ficar próximos de R$ 5 bilhões (a preços em 2020). Desses investimentos, 73% serão realizados durante a primeira fase da concessão, até 2028.
A concessão é por 30 anos, com possibilidade de mais cinco anos, o que demonstra o compromisso de longo prazo da Aena no Brasil. O contrato de concessão está previsto para ser assinado em fevereiro de 2023.
Sinergias Da Maior Malha Aeroportuária Do Brasil
A adjudicação do grupo dos 11 aeroportos é a maior operação na história da Aena, que, no Grupo Nordeste de Aeroportos do Brasil, já gerenciou integralmente outros seis aeroportos no nordeste do país
desde 2020. A Aena também está presente no Reino Unido, onde administra 51% do Aeroporto de Londres Luton, e no México, Colômbia e Jamaica. Assim, a Aena consolida sua liderança de gestão em aeroportos globais.
Aena Agora Se Torna Gerente Do Maior Aeroporto De Concessão Do Brasil
O gestor aeroportuário espanhol destacou assim a importância de o modelo de rede em que tem muita experiência, ou seja, gerenciando muitos tipos diferentes de aeroportos, de hubs internacionais a
aeroportos regionais e até aeroportos insulares ou aeroportos para aviação geral. O modelo de rede de sucesso atrai sinergias em diversas áreas e, portanto, gera eficiência gerencial e operacional. Por exemplo, em caso do Brasil, durante o início das operações, a fase inicial pode ser otimizado; e na área de tecnologia, gestão aeroportuária desenvolvimentos podem ser adaptados.
O Grupo Nordeste de Aeroportos do Brasil já conta com uma equipe consolidada que
superou as consequências devastadoras da crise do COVID-19. Isso é imerso em um ambicioso plano de investimento e está trabalhando para melhorar a conectividade das seis infraestruturas da região nordeste.
A Aena está, portanto, atenta às particularidades do mercado brasileiro; tem experiência gerencial no país e é conhecido pelos atores locais.