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Em Tempos De Crise, Milhas Movimentam A Economia E Trazem Benefícios Para Empresas E Consumidores

Com as várias possibilidades de uso desse bem, inclusive a venda, todos saem ganhando: quem acumula milhas, quem não tem, e até companhias aéreas e programas de fidelidade 

Já tem algum tempo que viajar com milhas deixou de ser exclusividade dos passageiros frequentes de alguma companhia aérea. Esse mercado chegou a todos os consumidores com o surgimento da parceria entre programas de fidelidade e bancos e operadoras de cartão de crédito, possibilitando, por exemplo, acumular pontos no cartão de crédito e transformá-los em milhas aéreas. Junto com novas possibilidades de acúmulo, surgiu também outras formas de uso das milhas, que não se limitam apenas à troca de produtos ou serviços. A venda de milhas, por exemplo, vem trazendo inúmeros benefícios para o setor de fidelização e viagens, que está sofrendo com a alta nos preços.

(© Bing Imagens)

Segundo estimativa da MaxMilhas, primeiro marketplace de passagens aéreas emitidas com milhas para o consumidor final, as passagens ficaram 52% mais caras no segundo trimestre de 2022. Enquanto isso, o preço da passagem com milhas no mesmo período subiu em média 16%. E o que a venda de milhas tem a ver com isso ? É simples: quem não usar as milhas pode vendê-las e fazer renda extra com elas; e quem não tem, consegue comprar passagens emitidas com milhas, que costumam ser mais baratas que as tarifadas. 

Alternativa de passagens mais em conta que utiliza desse recurso, a MaxMilhas impacta positivamente o mercado, em geral, como explica o CEO e Fundador da travel tech, Max Oliveira. “Mais de um quarto dos viajantes da MaxMilhas afirmam que, sem os preços encontrados na plataforma, não seria possível viajar. Com isso, vemos mais pessoas viajando e movimentando todo o setor”, destaca. 

Criada em 2013, a plataforma já intermediou a venda de quase 100 bilhões de milhas. "A MaxMilhas surgiu como uma oportunidade simples e segura para a venda de milhas de consumidores que não as usariam para viajar. Essas milhas acabavam expirando e o consumidor perdendo dinheiro", ressalta Max Oliveira. O executivo explica que as milhas expiradas são prejuízo para o cliente, que paga por elas direta ou indiretamente. O custo está embutido em passagens aéreas, anuidade de cartões de crédito, em pacotes de milhas comprados à parte, entre outros serviços. 

Já para as companhias aéreas, a venda de milhas representa maior ocupação nos voos, uma vez que quem não tem milhas ainda assim consegue viajar de avião. Os programas de fidelidade também saem ganhando, pois esse mercado passa a ser visto como mais rentável para os consumidores, uma vez que há mais opções de uso das milhas acumuladas, inclusive para gerar renda extra. 

ALÉM DA FIDELIZAÇÃO - Não é de hoje que esse mercado deixou de funcionar exclusivamente como forma de fidelização de clientes. De acordo com a Associação Brasileira das Empresas do Mercado de Fidelização (ABEMF), dos 97,1 bilhões de pontos/milhas emitidos no quarto trimestre de 2021, apenas 4,8% são provenientes das companhias aéreas. Os bancos e o varejo foram responsáveis por 95,2% dos pontos/milhas emitidos pelos programas de fidelidade. 

Isso significa que a esmagadora maioria dos pontos/milhas que circulam no mercado de fidelidade não vem de clientes frequentes das companhias aéreas. Esse bem é comercializado entre empresas e oferecido ao cliente como benefício. Contudo, quem paga a conta é o consumidor sempre que adquire algum produto ou serviço dessas empresas. 

Enquanto isso, no resgate de pontos/milhas, a lógica se inverte: 82,5% dos pontos/milhas viraram passagens de avião no quarto trimestre de 2021. Ou seja, mesmo vindo majoritariamente dos bancos e varejos, o maior resgate de pontos/milhas é mesmo no setor aéreo. 

Atualmente, as milhas e os pontos são entendidos como bens e possuem valor comercial. No mesmo período, a ABEMF registrou um faturamento bruto de R$ 1,89 bilhão de suas associadas, empresas que administram milhas áreas e pontos, 11,7% a mais do que no 4° trimestre de 2020. Os indicadores mostram o quanto esse mercado é lucrativo. 

Em um momento em que o setor de viagens se recupera após o profundo impacto sofrido pela pandemia da Covid-19 e carrega as consequências da alta na inflação, as milhas aéreas se reforçam como um mercado importante e que agrega valor para todos os lados: clientes com milhas a expirar, viajantes que procuram passagens aéreas mais baratas, programas de fidelidade que movimentam ainda mais milhas e companhias aéreas que garantem maior ocupação dos voos. 

Destaques da semana

Accor reforça a importância das Américas para a expansão do Grupo

Reconhecida como um impulsionador de crescimento de marca e hotéis, a região continua sendo uma das principais áreas geográficas de foco do Grupo  São Paulo - Jean-Jacques Morin, Group Deputy CEO e CEO da divisão Premium, Midscale & Economy (PM&E) da Accor visitou recentemente a região das Américas e reforçou a importância do mercado para as ambições de crescimento global da rede. Globalmente, a divisão PM&E representa 90% dos hotéis da Accor e gera 70% das receitas do Grupo. Com o objetivo de expandir o portfólio regional de 450 a 600 hotéis PM&E nas Américas até 2027, a Accor está investindo em suas melhores marcas globais, como Novotel, Pullman, Grand Mercure e ibis (celebrando seu 50º aniversário neste ano). Atualmente, a Accor conta com 77 hotéis PM&E em desenvolvimento nas Américas.  Jean-Jacques Morin, Group Deputy CEO e CEO da divisão Premium, Midscale & Economy (PM&E), Accor. (© Accor)  “A região das Américas tem grande potencial, combinando eficiê

Copastur Registra Aumento No Setor Hoteleiro Para A Cúpula Do G20 No Rio De Janeiro

Reservas para o período do encontro, entre 18 e 19 de novembro, registraram crescimento de 6%, já elevando a demanda do mês como um todo em 2% na hotelaria - com elevação também nas tarifas  São Paulo - Com a aproximação da cúpula do G20, que será realizada no próximo mês no Rio de Janeiro, a Copastur, empresa brasileira especializada em viagens corporativas, observou um aumento expressivo na demanda por voos e hospedagens. As reservas para o período do encontro, entre 18 e 19 de novembro, registraram crescimento de 6%, elevando a demanda do mês como um todo em 2% na hotelaria da cidade. (BTS.news/Arquivo)  Com a maior demanda, como ocorre naturalmente, a empresa identificou um crescimento de 22% nas tarifas aéreas e 10% nas diárias de hotéis, mostrando o impacto econômico que o evento trará para a cidade e a necessidade de os viajantes anteciparem ao máximo sua programação. De acordo com o levantamento, as rotas mais impactadas incluem São Paulo, Porto Alegre, Salvador e Vitória. O t

Fraport: Volumes de passageiros se mantêm estáveis no aeroporto de Frankfurt em outubro

- 5,7 milhões de passageiros no Aeroporto de Frankfurt  - Ligeiro aumento de 0,3 por cento em relação ao ano anterior   - Passageiros do Fraport Group como um todo aumentaram 2,5% para 16,9 milhões  Frankfurt, Alemanha - Em outubro de 2024, aproximadamente 5,7 milhões de passageiros viajaram pelo Aeroporto de Frankfurt (FRA), um ligeiro aumento (0,3%) em relação ao mês correspondente de 2023. Durante as férias escolares de outono no estado alemão de Hesse, os voos para locais de clima quente tiveram uma demanda especialmente grande. Eles incluíram destinos na Grécia, Ilhas Baleares e Ilhas Canárias. No entanto, os volumes de passageiros ainda estavam cerca de 11,6% abaixo do mês correspondente de 2019.  Vista do pátio de aeronaves no FRA. (© Fraport)  A maioria dos aeroportos operados pelo Fraport Group fora da Alemanha registrou crescimento de passageiros em outubro de 2024.  O volume no Aeroporto de Liubliana (LJU) na Eslovênia cresceu 7,3% ano a ano para 127.572 viajantes. 

MTur busca atrair novos voos e rotas ao Brasil em evento internacional de aviação nas Bahamas

Secretário Carlos Henrique Sobral apresentou oportunidades de atuação no país durante fórum da Associação Latino-Americana e do Caribe de Transporte Aéreo (ALTA), que reuniu líderes e autoridades globais do setor  Atrair novos voos e rotas aéreas ao Brasil e aumentar operações já existentes. Este foi o objetivo da participação do Ministério do Turismo brasileiro no ALTA AGM & Airline Leaders Forum 2024, realizado esta semana em Nassau (Bahamas). Na sua 20ª edição, o encontro, organizado pela Associação Latino-Americana e do Caribe de Transporte Aéreo (ALTA), reuniu cerca de 400 líderes do setor e autoridades globais para discutir os desafios e impactos da aviação no desenvolvimento local.    MTur buscou ampliar o número de novos voos e rotas aéreas para o Brasil durante fórum da ALTA nas Bahamas. (© MTur) Representando o MTur, o Secretário Nacional de Infraestrutura, Crédito e Investimentos no Turismo, Carlos Henrique Sobral, promoveu reuniões bilaterais e apresentou oportunidades