A tecnológica Amadeus, maior empresa do mundo de processamento de reservas de agências de viagens, informou ontem que no primeiro semestre processou 235,5 milhões de reservas aéreas, ficando 23,5% ou 72,3 milhões abaixo do período homólogo de 2019, pré-pandemia.
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Ainda assim, a empresa comunicou proveitos dessa área de negócios no montante de 1.3 bilhão de euros, com quebra de ‘apenas’ 20% em relação ao período homólogo de 2019, mas 31,1% acima dos primeiros seis meses do ano passado.
A atenuação da quebra das receitas resulta do aumento em 11,8% da receita média por reserva em 11,8%, para 5,78 euros no primeiro semestre deste ano, que a empresa atribui “primeiramente” a menor peso das reservas locais e efeitos de preço, incluindo inflação e outros ajustamentos anuais.
O balanço da Amadeus mostra que no segundo trimestre até teve aumento das receitas do processamento de reservas em 15,2%, que diz ter sido baseado num aumento do número de reservas em 15,2%, para 681,6 milhões, e uma subida da receita média por reserva em 10,6%, para 5,99 euros.
Uma das novidades do primeiro semestre é que a América do Norte passou a ser a região nº 1 em reservas aéreas de agências de viagens pelo Amadeus, com uma quota de 29%, ultrapassando a Europa Ocidental, que ficou em 28%, em baixa de 5,9 pontos em relação a 2019, enquanto a América do Norte ganhou oito e aumentou a percentagem do total para 29%.
Igualmente em baixa esteve a Ásia e Pacífico, com menos 0,8 pontos, para 17%, o Médio Oriente e África, subiu 0,2 pontos, para 12%, a Europa Central e do Leste baixou 1,7 pontos, para 7%, e a América Latina ganhou 0,2 pontos, e subiu a quota para 7%.
A informação da Amadeus indica que relativamente ao primeiro semestre de 2019, pré-pandemia, teve aumento do processamento de reservas aéreas de agências de viagens apenas na América do Norte, em 4%.
Nas restantes regiões as quebras foram a dois dígitos, de 39,9% na Europa Central e do Leste, de 35,9% na Europa Ocidental, que era tradicionalmente a região nº 1, de 26% na LATAM, de 25,8% na Ásia e Pacífico e de 19,8% no Médio Oriente e África.
Relativamente à área de negócios de Air IT Solutions, que é em grande medida baseado na aplicação Altéa de gestão de passageiros para companhias aéreas, a Amadeus indicou que alcançou receitas de 902,4 milhões de euros, +26,2%% que há um ano, apesar de uma redução da receita unitária em 7,7%, que explica pela manutenção dos valores de áreas não dependentes do número de passageiros embarcados, nomeadamente em tecnologia para aeroportos e serviços a companhias aéreas.
Adicionalmente, a Amadeus contabilizou 429,2 milhões de euros em receitas da área que denomina Hospitality & Other Solutions, com aumento em 23,6% em relação ao ano passado, embora no segundo trimestre o aumento tenha ficado em 17,3%, para 221,73 milhões de euros.
A receita total no semestre foi assim de 2.6 bilhões de euros, +28,2% que nos primeiros seis meses de 2022, mas ainda aquém do primeiro semestre de 2019, pré-pandemia, em que os proveitos ascenderam a 2.8 bilhões de euros.
O lucro líquido, por sua vez, foi de 540,7 milhões de euros, que compara com 594,4 milhões, nos primeiros seis meses de 2019.