Expectativa do setor é que até dezembro, o faturamento chegue a cerca de R$ 13 bilhões, se consolidando como um recorde histórico
As viagens de negócios voltaram com tudo e estão aquecendo a economia do Brasil. É o que apontam os dados divulgados pela Associação Brasileira das Agências de Viagens Corporativas (Abracorp). No acumulado de janeiro a outubro o setor faturou mais de R$ 11,37 bilhões, valor que supera todo o ano de 2022 e quase se iguala ao montante de 2019 — antes dos impactos da pandemia, quando a movimentação totalizou R$ 11,38 bilhões. A projeção até o final do ano, é que esse valor chegue a cerca de R$ 13 bilhões, se consolidando como um recorde histórico.
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Somente no mês de outubro, o faturamento foi de R$ 1,25 bilhão, 11% acima do registrado no mesmo mês de 2019 e 16,5% acima, quando comparado a outubro do ano passado.
Os resultados positivos foram comemorados pelo Ministro do Turismo, Celso Sabino, que destacou outubro como o oitavo mês seguido com vendas acima de R$ 1 bilhão. “Isso é um fato inédito ao setor, e mostra como o turismo de negócio movimenta a economia e promove a distribuição de renda, pois o viajante vai aos restaurantes, consome no comércio local, mobiliza a malha hoteleira. Tudo isso é fruto do turismo.”
Os dados da Abracorp, que analisa 11 setores com seus associados, mostram ainda que o faturamento com vendas de bilhetes aéreos ao mercado de negócios alcançou R$ 818 milhões em outubro, alta de 11,9% contra o pré-pandemia.
Para novembro também são esperados números animadores. De acordo com a entidade, a projeção para o mês é que o setor alcance o valor de R$ 1,4 bilhão, época tradicionalmente mais movimentada para o turismo de negócios, onde empresas costumam realizar diversos eventos.
PÉ NA ESTRADA
As rodovias do país também ficaram movimentadas pelos turistas que se deslocaram a trabalho. No total, foram 25 mil transações no segmento rodoviário, alta de 155%. Já em faturamento, a alta foi de 283%, em comparação ao período pré-pandemia, quando as viagens coorporativas movimentaram R$ 4,6 milhões em passagens rodoviárias.