Genebra - A Associação do Transporte Aéreo Internacional (IATA) divulgou os dados sobre o desempenho das viagens aéreas de novembro de 2023. Segundo o relatório, a demanda por viagens aéreas atingiu 99% dos níveis de 2019.
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O tráfego total em novembro de 2023 (medido em passageiro pagante por quilômetro, ou RPK) aumentou 29,7% em relação a novembro de 2022. Globalmente, o tráfego atingiu 99,1% dos níveis de novembro de 2019 (pré-COVID).
O tráfego internacional aumentou 26,4% em relação a novembro de 2022. A região Ásia-Pacífico continuou apresentando os melhores resultados em relação ao mesmo período do ano anterior (+63,8%), com todas as regiões registrando melhorias na comparação com o ano passado. Os RPK´s internacionais de novembro de 2023 atingiram 94,5% dos níveis de novembro de 2019.
O tráfego doméstico aumentou 34,8% em novembro de 2023 versus novembro de 2022. O tráfego doméstico total de novembro de 2023 ficou 6,7% acima do nível de novembro de 2019. O crescimento foi particularmente forte na China (+272%), devido à suspensão das restrições de viagens relacionadas à COVID-19 que ainda estavam em vigor há um ano. As viagens domésticas nos Estados Unidos, com a forte demanda no feriado de Ação de Graças, atingiram uma nova alta, com aumento de 9,1% em relação a novembro de 2019.
“Estamos cada vez mais perto de ultrapassar o pico de 2019 das viagens aéreas. Os desafios econômicos não estão impedindo que as pessoas voem. As viagens internacionais permanecem 5,5% abaixo dos níveis pré-pandemia, mas essa diferença está diminuindo rapidamente. E os mercados domésticos têm estado continuamente acima dos níveis pré-pandemia desde abril”, disse Willie Walsh, Diretor Geral, IATA.
Mercados Internacionais de Transporte Aéreo de Passageiros
As companhias aéreas da região Ásia-Pacífico apresentaram aumento de 63,8% no tráfego de novembro de 2023 em comparação com novembro de 2022, o melhor resultado entre as regiões na comparação com o ano anterior. A capacidade aumentou 58,0% e a taxa de ocupação subiu 2,9 pontos percentuais, atingindo 82,6%.
As companhias aéreas da Europa registraram aumento de 14,8% no tráfego de novembro de 2023 em relação a novembro de 2022. A capacidade aumentou 15,2% e a taxa de ocupação caiu 0,3 pontos percentuais, atingindo 83,3%.
As companhias aéreas do Oriente Médio apresentaram aumento de 18,6% no tráfego de novembro de 2023 em comparação com o mesmo mês do ano anterior. A capacidade aumentou 19,0% em relação a novembro de 2022 e a taxa de ocupação caiu 0,2 pontos percentuais, atingindo 77,4%.
As companhias aéreas da América do Norte registraram aumento de 14,3% em novembro de 2023 em relação ao mesmo período de 2022. A capacidade aumentou 16,3% e a taxa de ocupação caiu 1,4 pontos percentuais, atingindo 80,0%.
As companhias aéreas da América Latina apresentaram aumento de 20,0% no tráfego de novembro de 2023 em comparação com o mesmo mês de 2022. A capacidade de novembro subiu 17,7% e a taxa de ocupação subiu 1,7 pontos percentuais, atingindo 84,9%, a maior entre as regiões.
As companhias aéreas da África apresentaram aumento de 22,1% nos RPK´s de novembro de 2023 em relação a novembro de 2022. A capacidade aumentou 29,6% e a taxa de ocupação caiu 4,3 pontos percentuais, atingindo 69,7%, a menor entre as regiões.
Conclusão
“A rápida recuperação da aviação após a COVID-19 reforça a importância de voar para as pessoas e empresas. Em paralelo à recuperação da aviação, os governos reconheceram a urgência da transição do combustível de aviação tradicional para o combustível de aviação sustentável (SAF), para a descarbonização da aviação. Na 3ª Conferência sobre Aviação e Combustíveis Alternativos (CAAF/3) realizada em novembro, os governos concordaram que deve haver 5% de redução nas emissões de carbono até 2030 com o uso de SAF. Essa ideia foi reforçada na COP28 em dezembro, onde os governos concordaram que precisamos de uma ampla transição dos combustíveis fósseis para evitar os piores efeitos das mudanças climáticas. As companhias aéreas não precisam ser convencidas disso, pois já definiram o objetivo de atingir zero emissão líquida de carbono até 2050 e cada gota do SAF produzido nesse esforço foi comprada e utilizada. Simplesmente não há SAF suficiente em fase de produção. Portanto, esperamos que em 2024 os governos deem seguimento às suas próprias declarações e finalmente apresentem medidas políticas abrangentes para incentivar o rápido aumento da produção de SAF”, disse Walsh.