A Aena, que opera 20% do tráfego aéreo brasileiro, apresentou publicamente ontem, segunda-feira, 25 de março, o projeto de ampliação e modernização do Aeroporto de Congonhas (São Paulo), o segundo mais movimentado aeroporto do país. A operadora aeroportuária espanhola investirá mais de R$ 2 bilhões em infra-estrutura nos próximos anos para dotá-la, entre outras facilidades, de um novo terminal de passageiros que dobrará o tamanho do atual, com mais passageiros de embarque e 20 mil m² para estabelecimentos comerciais. Esta operação aumentará a capacidade do aeroporto para 29,5 milhões de passageiros por ano.
Vista do pátio de aeronaves do Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, Brasil. (© Bing Imagens) |
O Presidente, Aena, Maurici Lucena, destacou a importância deste projeto "que é o mais importante da Aena na área internacional e cuja abrangência e grande complexidade técnica significa que está ao alcance apenas de algumas empresas aeroportuárias no mundo, como a Aena, que já comprovou no Brasil que é capaz de concluir com sucesso projetos de grande porte". Sob a marca Aena Brasil, que administra 17 aeroportos no país, a operadora aeroportuária espanhola concluiu no ano passado as obras de reforma nos aeroportos do Nordeste, como Recife sendo um aeroporto na vanguarda. O investimento total no Bloco de Onze Aeroportos Brasileiros (BOAB) para os próximos anos, que inclui Congonhas, será de R$ 4,5 bilhão.
As obras do novo terminal de São Paulo terão início em 2024 e estão previstas para conclusão em junho de 2028. A área de embarque e desembarque dobrará de tamanho para 105.000 m². O terminal de embarque terá uma nova sala de Check-In e 19 novos pontes de embarque, que substituirão as atuais 12 pontes, permitindo 70% dos embarques ser direto para a aeronave.
Com a expansão, Congonhas também ganhará espaço comercial, com maior abrangência de serviços aos passageiros, novas salas VIP, escritórios e salas empresariais. O aeroporto terá um novo pátio de 215 mil m² para aviação comercial e as áreas de estacionamento de aeronaves aumentarão de 30 para 37. As pistas e pátios existentes terão que receber o chamado “reforço estrutural” e, ainda, novas pistas de táxi para aeronaves, nova estrada de serviço de aviação geral e uma saída rápida de pista que serão construídas para fazer operações mais seguras e eficientes.
Todo o projeto inclui a preservação, revitalização e integração das áreas tombadas como Patrimônio Histórico. Em termos de sustentabilidade, o Aeroporto de Congonhas contará com uma nova subestação elétrica, o que permitirá o uso de energia limpa. Haverá também um novo ponto de coleta de resíduos sólidos e estação de tratamento de água, além de maior iluminação natural e maior sistema de ar condicionado eficiente.