Viajantes Internacionais Olham Para A Europa Em Busca De Imersão Cultural E Os Custos São Uma Barreira

- 58% dos entrevistados planejam fazer viagens de longa distância entre setembro e dezembro de 2024, e 40% pretendem visitar a Europa 

- 83% dos viajantes chineses pesquisados ​​expressaram o desejo de visitar a Europa, um aumento de 9% em relação ao ano passado 

- A acessibilidade continua sendo a barreira mais importante para viajar para a Europa.

Bruxelas - Viajantes internacionais estão demonstrando maior cautela sobre o planejamento de viagens para a Europa entre setembro e dezembro deste ano. Isso está de acordo com o mais recente Long-Haul Travel Barometer (LHTB) 3/2024 publicado hoje pela European Travel Commission (ETC) e Eurail BV, que explora o sentimento e as preferências dos viajantes em relação a viagens de longa distância para a Europa. 

 

O estudo revela um aumento significativo ano a ano na intenção de viagens internacionais da China, com 83% dos entrevistados expressando interesse em visitar a Europa. (© ETC)

O relatório revela que 58% dos entrevistados planejam viajar longas distâncias nos últimos quatro meses do ano, com 40% antecipando uma visita à Europa . Isso representa um declínio de 4% em comparação ao mesmo período do ano passado. A acessibilidade é uma barreira primária para viajar para a Europa, citada por quase metade dos entrevistados (44%). Esse número está aumentando em todos os principais mercados, excluindo a Austrália, que viu uma pequena diminuição.

Aumento notável nas aspirações de viagens chinesas 

O estudo revela um aumento significativo ano a ano na intenção de viagens internacionais da China, com 83% dos entrevistados expressando interesse em visitar a Europa, um aumento de 9% em relação ao ano passado. Esse aumento é apoiado por vários fatores, incluindo a reintrodução de voos entre a China e a Europa, o que tornou as viagens mais acessíveis. Além disso, o feriado da Golden Week de 1 a 7 de outubro oferece uma janela de viagem conveniente para muitos visitantes. 

As intenções de viagem dos brasileiros refletem de perto aquelas vistas no outono passado, com quase 48% dos entrevistados planejando visitar a Europa nos últimos quatro meses do ano, impulsionados principalmente por viajantes mais jovens e ricos. Apesar da crescente confiança do consumidor, os altos custos continuam sendo um grande impedimento para viajar para pessoas neste mercado. 

Viajantes do Canadá e da Austrália são mais cautelosos, com 39% e 33% dos entrevistados planejando uma viagem para a Europa até o final do ano, alinhando-se de perto com os números dos anos anteriores. Da mesma forma, o desejo de visitar a Europa entre os entrevistados sul-coreanos e americanos é bastante modesto, em 27% e 23%, respectivamente. O sentimento por viagens internacionais dos EUA parece ser particularmente fraco, registrando um declínio considerável em relação aos 41% do ano passado, principalmente devido aos altos custos de viagem (40%), interesse em explorar outras regiões (23%) e tempo de férias insuficiente (17%). 

Restrições de segurança e orçamento influenciam os planos de viagem 

A segurança continua sendo o principal critério na escolha de um destino de férias na Europa (52%) - com crescimento significativo ano a ano entre viajantes da Austrália, Japão, China, Canadá e EUA - seguida por locais imperdíveis (41%) e infraestrutura turística de qualidade (39%). 

A inflação dos produtos e serviços turísticos está começando a cair, mas os impactos duradouros dos últimos anos continuam a afetar os hábitos de viagem. A maioria dos entrevistados (66%) planeja gastar entre € 100 e € 200 por dia, semelhante ao outono de 2023. No entanto, alguns mercados estão restringindo seus orçamentos à medida que as férias na Europa se tornam menos acessíveis. Notavelmente, houve uma queda de 30% ano a ano nos viajantes chineses que esperam gastar mais de € 200 por dia. Além disso, na Austrália e no Canadá , há aumentos de 6% e 8%, respectivamente, em viajantes que antecipam gastar menos de € 100 por dia. 

A cultura continua sendo um atrativo fundamental para visitar a Europa 

O lazer é o principal motivo para viajar para a Europa, com 78% respondendo que foi o principal motivo para sua visita. Cultura e história continuam sendo as principais atrações para viagens futuras, com 44% dos entrevistados citando-as como prioridade. Esse interesse crescente beneficia os centros históricos e pontos culturais da Europa. Notavelmente, o interesse em explorar a rica cultura e história da Europa aumentou na China (+13%), Japão (+11%) e EUA (+14%) quando comparado ao ano passado. Os viajantes em potencial também citaram experiências gastronômicas como um atrativo particular para visitar a Europa (39%), seguido pela vida na cidade (33%). 

Apresentada pela primeira vez neste estudo, a pesquisa revela que os entrevistados que planejam viagens para a Europa têm um forte interesse em se envolver com os moradores locais  Cerca de 40% indicaram que ocasionalmente interagiriam com os moradores locais para aprimorar suas viagens. Além disso, 36% buscariam experiências culturais mais profundas aprendendo sobre a vida e as tradições locais, enquanto 15% aspiram construir relacionamentos significativos com os moradores locais. 

Comentando sobre as descobertas, Miguel Sanz, Presidente, ETC, disse: “Os viajantes que planejam visitar a Europa demonstram um grande interesse em se conectar com os moradores locais, destacando uma mudança mais ampla em direção a experiências mais significativas e autênticas. Os resultados do barômetro ressaltam que os moradores locais são um ativo fundamental na formação das percepções dos visitantes estrangeiros sobre os destinos europeus, por meio de sua hospitalidade, cultura e vida cotidiana. Ao envolver os moradores locais na tomada de decisões de turismo, capacitando-os a criar suas próprias iniciativas de turismo e investindo em espaços autênticos como mercados, centros culturais e eventos, os destinos podem cultivar relacionamentos sustentáveis ​​que beneficiam tanto os viajantes quanto os moradores. Essa abordagem é o que pode tornar a Europa um destino culturalmente ainda mais vibrante e acolhedor.”